Dia 1 – O Arnês da Tessoreca

Publicado por Ronald Costa em

Carinhosamente batizada de Tessoreca (epíteto valise do modelo Benimar Tessoro com o nome literário da égua destreira do Campeador, Babieca), nesta manhã envergamo-la de todo o arnês necessário para a nossa peregrinação. É certo que não íamos com apenas 5 cavalos corredores (um por peregrino), mas com 170 de potência, o que nos garantiu certa vantagem, conforto e segurança de que não dispôs o lendário cavaleiro, mas não mermou a aventura.

Antes de iniciar o Camino del Cid, partimos de Barcelona à Saragoça, na comunidade autônoma de Aragão. A cidade é reconhecida por sua histórica beleza proveniente de suas terras e montanhas blanquecinas – Montes Blancos – de gesso natural. No século XI era governada por al-Muqtadir, que devia pagar párias à Castela. Cid o conhecera por ocasião de ser incumbido de cobrá-las, e, depois de desterrado, foi ali acolhido pelo rei mouro em seu palácio, Aljafería, onde viveu de 1081 a 1086, quando teve ocasião de defender esta praça forte contra a invasão de Afonso VI, seu senhor natural.

Adentrando à Meseta espanhola, passamos pelo Meridiano de Greenwich, pelas belas e áridas paisagens de Los Monegros, e pelas lindas montanhas de gesso natural de Alfajarín.

Meridiano de Greenwich
Montes Blancos – Alfajarín
Los Monegros
Já em Saragoça

Amanhã vamos ao palácio de Aljafería e próxima parada: Burgos!


Ronald Costa

Doutor em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina (2019) com período sanduíche na Universitat Autònoma de Barcelona. É líder do Grupo de Pesquisa Épica Românica Medieval: Tradução e Performance e membro do GT de Literatura Oral e Popular e do GT de Estudos da Tradução da Anpoll, e da Seção nacional EUA-Canadá da Société Rencesvals, na qual atua como revisor do boletim anual para produções acadêmicas na área de Épica Românica Medieval. É docente efetivo da carreira EBTT no Instituto Federal do Paraná, Campus Astorga.

1 comentário

Antoni Rossell · 10 de maio de 2025 às 03:36

Feliz ruta por tierras de Aragón y Castilla!
“Por Castilla van los pendones”

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